Comportamento e relação

Comportamento e relação

Objetivos

A Unidade Curricular Comportamento e Relação visa, possibilitar aos estudantes a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento capacidades/atitudes, que permitam otimizar a sua componente relacional, dotando o aluno de recursos que lhe permitam intervir de forma terapêutica (diagnóstico e intervenção) em pessoas ao longo do ciclo vital e em pessoas com alterações da comunicação.
Centra-se ainda, nas modalidades terapêuticas de enfermagem capazes de promover a qualidade de vida, o bem-estar e a autonomia das pessoas, essencialmente na sua componente relacional e interativa.
Competências a desenvolver nos estudantes: Gere o ambiente de forma a proporcionar a privacidade e conforto.
Utiliza a proxémica em função da pessoa/objetivo da interação.
Demonstra respeito pelo utente e garante a confidencialidade da informação.
Informa sobre motivo da entrevista e identifica as expectativas do utente.
Utiliza a linguística e a paralinguística de forma articulada, em complementaridade, de acordo com a pessoa/contexto.
Utiliza estratégias adequadas para o desenvolvimento da entrevista clínica (início, desenvolvimento e termino).
Utiliza técnicas específicas da comunicação verbal (escuta, exploração, assertividade, explicitação, focalização, sumarização, …) e não-verbal (expressão facial, postura, o toque,) de forma intencional.
Utiliza as diferentes tipologias de perguntas (abertas, policotómica, dicotómica) de forma intencional.
Recolhe informação relevante para a identificação do problema de saúde (diagnóstico de Enfermagem) em termos de dados necessários para o diagnóstico, de dados que o caracterizam e o contextualizam (inicio, evolução, antecedentes).
Recolhe a informação de forma lógica e sequencial (anamnese associativa).
Infere sobre o nível de conhecimento do utente relativamente ao seu problema de saúde.
Fornece informação relevante para a pessoa, atendendo ao seu contexto, em função da sua necessidade.
Adapta a linguagem ao nível de compreensão do utente, em função do significado denotativo e conotativo atribuído à mensagem.
Encoraja o utente a expressar suas próprias ideias, preocupações, expectativas/sentimentos. Interpreta a comunicação não-verbal do utente (o contacto visual, gestos, expressões faciais, postura, manifestação de emoções, hostilidade,) e, atua com assertividade.
Revela conhecimentos sobre o problema do utente e sobre a estrutura da entrevista.
Regista a informação sobre o problema do utente.
Cada Estudante executa um vídeo com uma entrevista em que demonstra a aquisição das competências clínicas da comunicação.

Conteúdos programáticos

  • Comunicação: considerações gerais;
  • A componente relacional;
  • Conceitos, requisitos e técnicas da comunicação; 
  • Funções da comunicação; 
  • Competências envolvidas na comunicação humana; 
  • Pragmática da comunicação;
  • Comunicação: comunicação centrada no cliente;
  • Condições da pessoa que interferem na comunicação; 
  • Fatores facilitadores/inibidores da eficácia da comunicação; 
  • O contexto (setting), a preparação (conhecimento), estrutura, informação – início da relação;
  • Comunicação; comunicação em equipas, comunicação clinica e comunicação terapêutica; 
  • Competências de comunicação e entrevista; 
  • Técnicas de comunicação terapêutica; 
  • Técnicas de comunicação verbal especificas; 
  • Comunicação de más noticias – protocolo “SPIKES”; 
  • Comunicação escrita, eletrónica e comunicação em grupos; 
  • Formação, dinâmica e importância dos grupos (terapêuticos) na comunicação;
  • Comunicação ao longo do ciclo vital;
  • Comunicação com a criança, adolescente, adulto e idoso;
  • Comunicação em contextos específicos; 
  • Pessoas impossibilitadas de utilizar a comunicação oral; 
  • Pessoas sob o efeito e/ou com abuso de substâncias (álcool e drogas);
  • Pessoas com comportamentos agressivos (auto e hetero-agressão), automutilação, tentativa de suicídio; 
  • Pessoas vítimas de comportamentos agressivos: violência (física, psicológica, emocional, financeira, …) ao longo do ciclo vital (crianças, doméstica, idosos);
  • Violência doméstica/conjugal;
  • Alterações da comunicação / instrumentos de avaliação;
  • Entrevista clínica – método clínico centrado no utente; 
  • Modalidades terapêuticas de enfermagem promotoras a qualidade de vida, o bem-estar e a autonomia das pessoas; 
  • A escuta ativa e a relação de ajuda formal, aconselhamento e intervenção breve (breves noções); 
  • Entrevista motivacional e informativa.

Coordenador da Unidade Curricular

Carlos Sequeira

Professor Doutor

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