Gestão da doença crónica

Objetivos

• Reconhecer os dados de avaliação da condição clínica da pessoa com doença(s) crónica(s), que sustentam a existência de compromissos na autogestão da doença;
• Relacionar os compromissos na autogestão dos sinais e sintomas da(s) doença(s) crónica(s) com o conceito de cliente vulnerável;
• Identificar as necessidades dos clientes, em termos de gestão dos sinais e sintomas da(s) doença(s) crónica(s);
• Relacionar os sinais e sintomas da(s) doença(s) crónica(s) com os processos corporais e psicológicos que são foco de atenção de enfermagem;
• Relacionar os dados de avaliação dos processos corporais e psicológicos com o diagnóstico de enfermagem, no âmbito dos compromissos na autogestão da(s) doença(s) crónica(s);
• Identificar os diagnósticos de enfermagem no domínio dos processos corporais e psicológicos que se constituem como evidências de compromissos na autogestão da(s) doença(s) crónica(s);
• Conhecer os critérios para a prescrição das intervenções de enfermagem diferenciadas no domínio dos compromissos na autogestão da(s) doença(s) e dos seus sinais e sintomas;
• Descrever as intervenções de enfermagem diferenciadas, que sejam promotoras do controlo dos sinais e sintomas da(s) doença(s) crónica(s), da prevenção das suas complicações e do bem-estar do cliente.

Conteúdos programáticos

Focos com relevância para a prática de enfermagem no domínio dos processos corporais e psicológicos que se constituem como sinais e sintomas da doença crónica, nomeadamente no âmbito: neuromuscular, cardiorespiratório, gastrointestinal, urinário, tegumentar, regulador, do autoconceito, cognição e emoção.

Estratégias de avaliação da condição inicial da pessoa em situação crónica, bem como a sua evolução durante o internamento, através de dados resultantes da vigilância e monitorização, que permitam identificar focos de instabilidade, monitorizar os progressos ou adequação das respostas aos problemas identificados.

Diagnósticos de Enfermagem no âmbito de compromissos nos processos dos sistemas: neuromuscular, cardiorespiratório, gastrointestinal, urinário,tegumentar, regulador, de especial complexidade, que traduzam a conceção de um plano de intervenção que vise o controlo dos sinais e sintomas, a deteção precoce e a prevenção de complicações decorrentes de processos terapêuticos complexos, assim como a melhoria da condição clínica da pessoa em situação crónica, nomeadamente:

• Compromissos da consciência, dor e convulsões;
• Compromissos do processo cardiorrrespiratório;
• Compromissos do sistema tegumentar, nomeadamente: Úlceras de pressão, venosas e diabéticas e feridas complexas de natureza médica ou cirúrgica;
• Compromissos do sistema regulador, nomeadamente: hiper e hipoglicemia, hiper e hipotermia, do volume de líquidos, desidratação / edema / ascite, Intolerância à atividade;
• Compromissos dos processos de memória.

Intervenções de Enfermagem diferenciadas, com integridade referencial para os diagnósticos de Enfermagem identificados, com vista à prevenção de complicações e ao controlo de compromissos na autogestão da(s) doença(s) crónica(s):

• Intervenções de vigilância da consciência, de crises convulsivas;
• Intervenções de vigilância e gestão da dor, utilizando medidas farmacológicas e não farmacológicas;
• Intervenções de vigilância, controlo e prevenção de compromissos no volume de líquidos;
• Intervenções de vigilância e controlo de compromissos do metabolismo;
• Intervenções de vigilância e promoção do processo de cicatrização de feridas complexas.

Intervenções de enfermagem associadas à gestão de:

• Estomas, Fistulas arteriovenosas, Ventilação não invasiva, Diálise, Radioterapia, Quimioterapia e circunstâncias ambientais que potenciam a ocorrência de eventos adversos.

Metodologias de ensino e aprendizagem

Aulas Teóricas – método expositivo/participativo;
Seminarios – método expositivo/participativo e discussão de cenários clínicos;
Aulas Orientação Tutorial – desenvolvimento e discussão de cenários clínicos.