MS – Enfermagem Médico-Cirúrgica, na área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crónica

As doenças crónicas são uma realidade dos tempos modernos que apresenta, em Portugal, números esmagadores. Acresce que as pessoas em situação crónica são mais do que a doença de que padecem, colocando à sociedade, ao sistema de saúde e aos enfermeiros, em particular, inúmeros desafios. Desafios associados à condição de especial vulnerabilidade destas pessoas, que tanto pode ter a ver com a velhice, como com a dificuldade na gestão de regimes terapêuticos complexos, ou com a existência de sucessivos reinternamentos. Novos desafios exigem outras respostas que passam por novos modelos de cuidados, como a gestão de casos complexos, ou por uma focalização da formação em áreas tão decisivas como o autocuidado e a autogestão da doença crónica.

Não podendo alhear-se das necessidades em saúde da população, a ESEP, no quadro da sua política de formação pós-graduada, irá abrir o Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica, na área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crónica (MEMCpscro). Trata-se de um curso de mestrado que atende, entre outros aspetos, aos requisitos e princípios da formação especializada em Enfermagem regulados pela Ordem dos Enfermeiros (OE), nomeadamente naquilo que se reporta à atribuição do título profissional de Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, na área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crónica.

O MEMCpscro, que assenta na articulação entre a investigação, o ensino e a prática de enfermagem, tem uma forte orientação para o desenvolvimento de competências avançadas, de cariz predominantemente clínico, com enfoque nas respostas humanas aos problemas de saúde e aos processos de vida, associados a “situações crónicas”.

• Desenvolver competências avançadas de conceção de cuidados de enfermagem e de intervenção, junto de pessoas em situação crónica, família e cuidadores, em que ponderem a melhor a evidência e as responsabilidades éticas e deontológicas;
• Desenvolver competências para lidar com situações novas e não familiares, gerindo riscos, resolvendo problemas de saúde ou fazendo a gestão de casos de clientes “especialmente vulneráveis”, portadores de doença crónica;
• Desenvolver uma consciência profissional promotora de uma intervenção especializada inovadora, assente na análise crítica, na compreensão e na sistematização de realidades complexas, no quadro de pessoas em situação crónica;
• Desenvolver competências na maximização do ambiente terapêutico em articulação com a pessoa e família/cuidadores a vivenciar a doença crónica, gerindo os processos terapêuticos e as circunstâncias ambientais, e promovendo estratégias inovadoras de prevenção do risco clínico e não clínico;
  Desenvolver competências para liderar os procedimentos de prevenção, intervenção e controlo de infeção associados aos cuidados de saúde e de resistência a antimicrobianos.
• Desenvolver competências de coordenação de equipas de enfermagem, orientadas para a prestação de cuidados à pessoa em situação crónica, com vista à promoção da qualidade dos cuidados, ao longo de um “continuum” assistencial.

Podem candidatar-se:

• Os titulares do grau de licenciatura, ou habilitação equivalente, em Enfermagem;
• Os titulares de um grau académico superior estrangeiro, conferido na sequência de um 1.º ciclo de estudos em Enfermagem, organizado de acordo com os princípios do processo de Bolonha por um Estado aderente a este Processo;
• Os titulares de grau académico superior estrangeiro ou os detentores de um currículo científico ou profissional que vejam o respetivo título e/ou currículo previamente reconhecido pelo Conselho Técnico-Científico da ESEP.

Após a conclusão do Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica, na área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crónica, ser-lhe-á atribuído o grau de mestre.

Os candidatos que visem a obtenção do título profissional de Enfermeiro Especialista atribuído pela Ordem dos Enfermeiros (OE) deverão, previamente, informar-se sobre os respetivos requisitos de atribuição através dos serviços da OE ou consultando a informação disponível aqui (com especial atenção, as páginas 4 e 5).

Nota: As atividades letivas do 1.º ano do curso decorrem por regra em quatro dias da semana, com períodos de aulas de tarde e, por vezes aulas ao sábado de manhã.
Este esquema de horário é meramente indicativo, correspondendo à representação do horário-base do 1.º semestre, estando sujeito a alterações ou reformulações.